Boletim semanal da disciplina de Jornalismo Internacional da ECO-UFRJ, produzido exclusivamente pelos alunos. Número 07 – 13/11/2010 – 2º semestre de 2010. Acompanhe pelo twitter.com/jorninterufrj
Estudantes londrinos protestam
Por Domenica Andrade
Estudantes britânicos entraram em confronto com a polícia nesta quarta-feira (10/11), em Londres, durante protestos contra um aumento nas taxas anuais de empréstimos estudantis cobradas pelas universidades da Inglaterra.
O piso das anuidades dos empréstimos passaria de 3.290 libras (R$ 8,9 mil) para 6 mil libras, e algumas universidades poderiam cobrar até 9 mil libras em “circunstâncias excepcionais” - se oferecem, por exemplo, bolsas e programas que incentivem estudantes mais pobres a cursá-las.
Os manifestantes invadiram o prédio onde fica a sede do Partido Conservador (governista) e alguns foram até o topo do edifício. Outros puseram fogo em cartazes na rua, em frente ao local. A marcha reuniu cerca de 45 mil pessoas, segundo a União Nacional de Estudantes. As informações são que projéteis foram jogados contra a polícia e nove pessoas, entre policiais e manifestantes, ficaram feridas.
O vice-premiê britânico, Nick Clegg foi acusado pelos manifestantes de hipocrisia no Parlamento, pois segundo os estudantes, Clegg em sua campanha eleitoral se opôs aos aumentos. O Vice -Premiê argumentou que os trabalhistas, agora na oposição, é que não criaram uma política de subsídios para as universidades.
Já Aaron Porter, presidente da união de estudantes, queixou-se alegando que, “o governo está pedindo aos estudantes que paguem três vezes mais por uma qualidade (de ensino) que provavelmente não será melhor e, talvez, pior”. Porter, diz que sua organização fará um abaixo-assinado pedindo uma eleição extraordinária para os cargos dos parlamentares que, durante a campanha, se opuseram aos aumentos nas anuidades e que agora estão defendendo a elevação da taxa.
Com BBC
Mianmar liberta líder da oposição San Suu Kyi
Por Fernanda Mendes
O Governo de Mianmar libertou na manhã deste sábado a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi, que esteve presa durante 15 dos últimos 21 anos. Suu Kyi, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, estava em prisão domiciliar por sua oposição tenaz ao regime autoritário que vigora no país. O anúncio da libertação, esperado por milhares de partidários, foi feito poucos dias após a junta militar que governa Mianmar ter vencido as eleições parlamentares.
A líder da oposição saudou a multidão que a esperava em volta de sua casa, em Yangon. “Estou muito feliz em ver todos vocês novamente”, disse ela, pedindo que todos trabalhassem em conjunto para atingir seus objetivos e prometendo se reunir amanhã com companheiros da luta política na sede de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LDN).
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Suu Kyi era uma “inspiração” e pediu a Mianmar que libertasse todos os seus prisioneiros políticos restantes. Segundo ativistas dos direitos humanos, o número de presos por oposição ao governo passa de dois mil no país.
Com BBC e CNN
Professora é acusada de estupro na Carolina do Norte
Por Pedro Luiz Lima
A professora americana Sara Leann Dwiggins, de 24 anos, foi acusada de estupro por manter relações sexuais com um aluno de 14. O crime teria acontecido entre os meses de maio e junho deste ano, quando lecionava no colégio Bear Grass, no condado de Martin.
Sara Dwiggins chegou a ser detida, mas recebeu liberdade condicional esta semana, após pagar fiança de US$ 50 mil. A professora está impedida de entrar em contato com adolescentes do condado, sendo supervisionada por meio de visitas semanais ao xerife da cidade.
Desde que foi acusada, Sara segue suspensa da escola em que trabalha, não podendo sequer entrar nas dependências de qualquer instituto de ensino do condado de Martin.
Com G1
A natureza a favor do sucesso
Por Juliana Mattos
Na Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), os delegados mostraram intensa diplomacia ao tentar resolver os problemas e diferenças remanescentes entre os países em relação aos recursos oferecidos pelo nosso planeta. Os japoneses esperavam um desfecho bem sucedido da reunião, enquanto os países ocidentais visavam a divisão equitativa dos recursos naturais.
Uma das questões a ser destacada é a da capacidade financeira de cada país. O Brasil e alguns aliados garantem que em 2020 serão capazes de disponibilizar até 125 bilhões de reais por ano para a conservação da biodiversidade, enquanto os países pobres acreditam que não poderão aumentar suas despesas visto que possuem outras demandas em seus orçamentos.
Mesmo com tantas divergências, Johansen Voker, da Agência de Proteção Ambiental da Libéria, acredita que todos possam ser efetivamente capazes de preservar o meio ambiente para o bem comum da sociedade global.
Com BBC News
Morre um dos símbolos da repressão militar argentina
Por Patrícia Rodrigues
Morreu semana passada, Emilio Eduardo Massera, um dos homens mais poderosos durante a última ditadura na Argentina. Massera estava entre os chefes da Junta Militar responsável pelo golpe de Estado, que instaurou o período ditatorial em 1976. Dois anos após o término do governo autoritário em 1983, o ex-almirante foi condenado à prisão perpétua por violar os direitos humanos, através da prática de sequestros, torturas e homicídios.
Aos 85 anos de idade, Massera foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). A notícia de seu falecimento ganhou destaque em jornais argentinos como o Clarín, onde é descrito como “dono da vida e da morte durante o terrorismo de Estado”, e o La Nación, que o destaca como “símbolo da repressão ilegal”. O site da CNN enfatizou a fama que o ditador deixou como um dos militares mais brutais na tentativa de limpar o país de facções esquerdistas. No jornal brasileiro O Globo há o complemento de que não só a Argentina, como também outros países foram afetados pelos atos de Massera. Alemanha, Espanha, Itália e França tentaram sem sucesso a extradição do repressor para que ele fosse julgado pela morte de cidadões europeus, durante a fase do autoritarismo argentino.
Guerra Cambial na agenda do G20
Chefes de Estado das maiores economias do mundo discutem medidas do Fed
Por Renata Oliveira
O G20 (grupos das vinte maiores economias do mundo) se reúne em Seul, na Coreia do Sul, nos dias 10, 11 e 12 de novembro, com o complicado desafio de chegar a um consenso sobre como lidar com a chamada “guerra cambial”.
O Fed (banco central americano) anunciou na última semana a compra de US$600 bilhões em títulos públicos. A medida foi muito criticada pela Europa, Brasil e China, e outras diversas economias emergentes por favorecer a depreciação do dólar americano, e assim favorecer de maneira desleal as exportações deste país.
Apesar disso, o presidente Barack Obama apoiou as iniciativas do órgão, em uma entrevista coletiva com o Primeiro Ministro da Índia Manmohan Singh, noticiada na CCN: “O meu objetivo e o objetivo do Fed é alavancar nossa economia. E isso não é bom apenas para os Estados Unidos, e sim para todo o mundo.”
A medida do Fed vai contra o acordo definido na última reunião do G20, realizada em junho, no Canadá, de controlar os déficits orçamentários. O estímulo americano está na contramão dos pacotes de austeridade a que estão se submetendo os países europeus e deve enfrentar protestos de todas as direções, em Seul. Outros temas, como medidas ambientais e mudanças climáticas, também serão discutidos.
Dica da semana
Não percam a IV Meio a Meios - Semana de Jornalismo da UFRJ. O evento aconterecerá nos dias 16, 17 e 18 e contará com mesas sobre Jornalismo Cultural, Jornalismo Político e Jornalismo Esportivo. Entre os nomes confirmados estão Sérgio Cabral Pai, Ricardo Noblat, do Globo, Felipe Vaz, coordenador de mídias sociais da campanha de Marina Silva, Caio Barbosa, do Extra e muitos outros. Acesse o site, confira a programação e inscreva-se!
Redatores: Domenica Andrade, Fernanda Mendes, Julianna Mattos, Renata Oliveira, Patrícia Rodrigues e Pedro Luiz Lima.
Editores:Erick Dau, Lívia Cunto, Marina Carvalho.
Coordenadores:Prof. Mohammed ElHajji, Gustavo Barreto.
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