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2.10.10

Boletim semanal da disciplina de Jornalismo Internacional da ECO-UFRJ, produzido exclusivamente pelos alunos. Edição especial Eleições – 02/10/2010 – 2º semestre de 2010. Acompanhe pelo twitter.com/jorninterufrj

O Boletim Internacional Mídia Cidadã tem uma proposta especial essa semana. Os alunos fizeram matérias sobre a disputa eleitoral brasileira como se fossem correspondentes internacionais no Brasil e estivessem escrevendo para jornais de todo o mundo. Segue um panorama sobre as eleições no país.

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À sombra de Lula
Candidatos são ofuscados pelo presidente em exercício
Por Priscilla Daumas

No próximo dia 3 de outubro, mais de 100 milhões de brasileiros vão votar em um sucessor para o presidente com 79% de aprovação popular, Luis Inácio da Silva, mais conhecido como Lula.

Os três principais candidatos, Dilma Roussef do Partido dos Trabalhadores, José Serra do Partido da Social Democracia Brasileira e Marina Silva do Partido Verde, são coadjuvantes na disputa eleitoral. A eleição de 2010 gira em torno de Lula, com todos os candidatos defendendo a continuidade, em maior ou menor medida, em vez de grandes mudanças.

Durante o governo Lula, o Brasil, a oitava maior economia do mundo, tem alcançado um crescimento significativo e a tão procurada estabilidade. O que ajudou a diminuir a imensa desigualdade do país e inaugurar uma nova classe média baixa, ansiosa por consumir.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 22,6% dos brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza em 2008, menos dos mais de 34% em 2002. E um estudo publicado em setembro pela Fundação Getúlio Vargas, instituição privada de pesquisa, afirma que cerca de 29 milhões de brasileiros tinham entrado na chamada classe média entre 2003 e 2009, com renda média mensal entre 1.126 e 4.854 reais.

A candidata escolhida por Lula para sucedê-lo concorrendo pelo seu partido, o Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, tem como principal promessa de campanha a manutenção das políticas de Lula. “Eu tenho imenso orgulho da minha relação política com o presidente. Eu fui braço direito e esquerdo dele nesse processo de transformar o Brasil num país diferente”, afirma em entrevista.
"Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá!”, diz um dos jingles do principal candidato da oposição, José Serra. Em uma de suas propagandas, o candidato aparece ao lado de Lula. Nas imagens de arquivo, os dois se abraçam. “Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes", diz o locutor.

Marina Silva, em terceiro nas pesquisas, também evita confronto direto com o presidente. Questionada a respeito de um dos principais projetos do governo, o Bolsa Família que distribui renda para famílias pobres, afirma: “Vou manter o Bolsa Família. Quero um programa social que dê oportunidade de manter a qualidade de vida”.

De acordo com as pesquisas, Dilma Rousseff, candidata do governo, aparece com chances de se eleger no primeiro turno. Mas a única certeza é que se Lula pudesse constitucionalmente concorrer ao terceiro mandato, há pouca dúvida de que ele iria ganhar.

Com BBC. Foto: Time

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Reta final das eleições no Brasil tem chance de 2° turno
Por Júlia Mandil

As vésperas das eleições no próximo domingo, 3 de outubro, a disputa pela presidência do Brasil ficou mais acirrada. Pesquisas divulgadas esta semana apontaram uma queda na liderança de Dilma Rousseff – candidata apoiada pelo presidente Lula – e o crescimento de candidatos da oposição, José Serra (PSDB, partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e Marina Silva (Partido Verde). Apesar da diminuição da diferença em relação ao outros candidatos, Rousseff mantém chances de vencer no primeiro turno, como aponta a pesquisa encomendada pelo Centro Nacional da Indústria, divulgada nesta quarta-feira.

O resultado das pesquisas foi abordado de diferentes maneiras pelos candidatos. No site oficial da candidata do atual governo o destaque é para a última pesquisa, que aponta uma vitória de Dilma ainda no primeiro turno. Recentes casos de quebra de sigilo na Receita Federal e o afastamento da ministra da Casa Civil parecem não ter afetado a popularidade do presidente Lula nem de sua candidata, que manteve a liderança, principalmente, na região Nordeste, onde a diferença é maior em relação aos outros adversários.

Segundo o site do jornal O Estado de São Paulo, o candidato José Serra disse que “nunca não esteve confiante” em sua participação no 2° turno, e que não se guia por pesquisas. Já a candidata Marina Silva – que carrega a bandeira do desenvolvimento sustentável – comemorou a ascensão nas pesquisas. O site oficial aponta que a candidata verde teria mais chances num confronto direto com Dilma do que com José Serra.

Em meio a um cenário indeterminado e com a proximidade do dia decisivo, os candidatos farão seus apelos finais aos brasileiros, que decidirão domingo se o fim das eleições vai, ou não, ser prorrogado para o dia 31 de outubro.

Com Portal G1

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Na reta final, eleições no Brasil destacam-se por candidaturas bizarras e por favoritismo da escolhida do governo
Por Raphael Corrêa

Domingo, dia 03 de outubro, será uma data especial para 135 milhões de brasileiros: eles terão a responsabilidade de escolher, entre quase 19 mil candidatos,os seus representantes políticos para os próximos quatro anos, em sua sexta eleição geral desde o processo de redemocratização ocorrido no final dos anos 80. Sede da Copa do Mundo de 2014 e uma das dez maiores economias do mundo, o Brasil vive um momento muito favorável, como não se cansa de lembrar o presidente em final de mandato Luiz Inácio Lula da Silva, um homem cuja popularidade atinge os 80% de aprovação, mesmo após oito anos de governo.

Talvez inspirados por essa conjuntura otimista, algumas figuras incomuns, cujo envolvimento com política há até alguns meses era nulo, têm chamado a atenção da mídia e da população local. O exemplo mais emblemático é do comediante, palhaço e cantor de 45 anos apelidado de Tiririca – algo como “zangado”, em português. Famoso por suas aparições na televisão e suas roupas multicoloridas, surpreendeu os eleitores do estado de São Paulo ao candidatar-se a um cargo federal com o slogan “Pior que ‘tá’ não fica”, uma referência sarcástica à baixa qualidade dos políticos do país. Rapidamente, tornou-se um dos nomes mais comentados nas redes sociais e o favorito a conquistar uma das 513 vagas da Câmara dos Deputados, recebendo abertamente o apoio de muitos jovens, que afirmam que votarão no candidato como uma forma de protesto.

Outras personalidades com grandes chances de serem eleitas são o ex-jogador de futebol Romário e o cantor romântico Netinho de Paula, ambos curiosamente apoiados por partidos de esquerda. O primeiro, campeão mundial em 1994 com a seleção brasileira, almeja o mesmo cargo que Tiririca, enquanto o último busca uma vaga no Senado, anunciando ainda seu sonho de ser o primeiro presidente negro do Brasil. No geral, dezenas de celebridades decadentes, cantores e atletas aposentados também investem na carreira de representantes do povo por todo o país, cuja remuneração pode chegar a mais de R$ 20 mil (cerca de £ 7,5 mil), dependendo da função e dos benefícios.

Na reta final das eleições presidenciais, a disputa continua centrada na polarização entre os dois principais partidos políticos. Um candidato independente, porém, tem se destacado. Plínio de Arruda Sampaio, um senhor de 80 anos, costuma ser a estrela de debates televisionados, em que desafia os demais concorrentes com tiradas irônicas e excessivamente sinceras e anuncia os planos de seu partido para implementar o socialismo no Brasil. Apesar de sua popularidade crescente, o favoritismo da candidata de situação Dilma Rousseff, do partido trabalhista, está longe de ser abalado. Protegida do Presidente Lula, ela tem resistido à onda de denúncias de corrupção contra pessoas próximas a ela nas últimas semanas e conserva ampla liderança nas pesquisas junto ao eleitorado. Em segundo lugar, o candidato de oposição José Serra ainda acredita numa reviravolta nos números, que poderia forçar um segundo turno, caso Rousseff não venha a obter mais da metade dos votos válidos.

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Dilma Rousseff se posiciona contra o aborto
Por Michelly Rosa

A candidata à presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Roussef, se reuniu na última quarta-feira (20/09) com representantes de instituições católicas e evangélicas e afirmou ser contra a prática do aborto. Segundo a ex-ministra da Casa Civil, se eleita, não haverá plebiscito para decisão sobre o assunto. “Sou a favor da valorização da vida. É uma violência contra a mulher”, declarou a candidata.

Dilma defendeu, entretanto, a necessidade de atendimento pelo Sistema único de Saúde do Brasil (SUS) a mulheres debilitadas após o ato do aborto em condições precárias. Ainda, segundo a candidata há a intenção em trabalhar com igrejas evangélicas e católicas na promoção da saúde, educação e combate às drogas no país. “Vou priorizar o diálogo, parceria e colaboração com as igrejas cristãs. Tenho compromisso com a família”, concluiu Dilma.

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Quem é Plínio?

Por Lívia Cunto

No próximo domingo, dia 3 de outubro, os brasileiros terão que escolher seu próximo presidente. A corrida eleitoral até agora trouxe uma dosagem mínima do que deveria ser o elemento principal de uma disputa democrática: pluralidade. Os candidatos variam menos do que uma palheta de cores, daquelas de loja de decoração: você prefere o azul-turquesa, o azul-esverdeado ou o azul-esmeralda?

Os três principais candidatos, a governista Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores, o líder do bloco de oposição José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira e Marina Silva, do Partido Verde, parecem estar muito mais preocupados em serem símbolos da continuidade do que ratificar suas posições políticas. É a necessidade de agradar a maioria democrática que os elege – leiam-se os 80% que julgam ser bom ou excelente o governo do presidente Lula.

Em meio aos tons de azul, surge um vermelho. Cabelos brancos, sorriso constante, 80 anos de experiência: Plínio Arruda Sampaio, candidato a presidência pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Sua candidatura se apresenta como uma “opção de esquerda, socialista, popular, feminista, anti-racista e ecológica”. Entre suas principais propostas estão a auditoria da dívida pública, o limite do tamanho da propriedade rural (mil hectares – aproximadamente 1212 Maracanãs juntos), a reestatização da Vale e monopólio estatal da Petrobras, a defesa da saúde universal, a redução da jornada de trabalho, a taxação do lucro de grandes empresas, entre outras propostas no sentido de um Estado mais presente.

O candidato começou a ganhar mais espaço nos grandes veículos de comunicação através de mídias sociais, como o twitter. Ele promoveu os “tuitaços”, emissões via aplicativo twitcam, no qual defendia suas propostas, ao mesmo tempo em que aconteciam debates em grandes veículos como a Folha de S. Paulo e o Portal UOL (no Brasil, apenas os candidatos com maiores pontos percentuais são chamados para debates e entrevistas na grande mídia).

Plínio é símbolo de um sistema democrático no qual a diferença é praticamente excluída. Existem nove candidatos a presidência no Brasil, com as mais diferentes propostas, e hoje apenas três ficam em baixo dos holofotes. Plínio, mesmo não tendo grandes chances de se eleger, serve para mostrar que a pluralidade existe. O que não existe é interesse em mostrá-la.

Com a Revista Consciência.Net

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No Brasil, hit de sucesso ironiza situação eleitoral
Por Thor Weglinski

Em meio a disputa presidencial brasileira entre Dilma Rousseff e José Serra, a eleição no estado de Minas Gerais, no sudeste do país sul americano, chama a atenção da mídia . Antonio Anastasia lidera as pesquisas e deve ganhar no 1º turno ( o pleito é nesse domingo). Ele é apoiado por Aécio Neves, ex-governador do estado e agora candidato ao senado com 68% das intenções de voto. Se Anastasia não vencer no dia 3 de outubro, vai ter que enfrentar Hélio Costa no 2º turno. Este é apoiado pelo presidente Lula e por Dilma Rousseff e começou na frente nas pesquisas mas foi ultrapassado e pena para conseguir levar a votação para o segundo round.

O que mais chamou atenção da disputa em Minas Gerais foi uma propaganda utilizada por Anastasia para provocar seu adversário. Costa é membro do PMDB, partido coligado com o PT a nível nacional e que apoia a candidatura de Dilma Rousseff para presidente. No entanto, alguns prefeitos do PMDB e do PT no estado de Minas são aliados a Anastasia, integrante do PSDB, partido concorrente a Dilma e que quer Serra na presidência.

O comitê do PSDB em Minas então ironizou tal situação e colocou um vídeo no Youtube com as caras de Aécio, Anastasia, Costa e seu vice Patrus Ananias. Os dois primeiros então cantam o refrão “Você não gosta de mim, mas seu prefeito gosta”, e em seguida os prefeitos destoantes do PMDB e PT elogiam os candidatos do PSDB. A letra cantada no vídeo é baseada numa música de Chico Buarque, famoso artista brasileiro, com o nome “Jorge Maravilha” e que tem no refrão a frase “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.

Muitos brasileiros acreditam que a canção original foi feita para o ex-presidente do regime militar ditatorial, Ernesto Geisel. A composição fez sucesso em 1974, quando começava no Brasil um lento processo de democratização. Acredita-se que a filha do presidente Geisel, Amália Lucy, era fã de Chico, que protestava contra o regime de excessão.

O trunfo do PSDB parece ter sido acertado pois tudo indica que Anastasia vai ganhar no 1º turno. O vídeo não justificará a vitória nas urnas, mas talvez outros políticos queiram usar de sucessos da música nas suas campanhas.



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No Brasil, candidata de Lula pode se eleger com mais de 50% dos votos
Por Eliza Siqueira

Após um governo marcado pelo contraste entre o crescimento econômico e os escândalos de corrupção, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chega ao último dos seus 8 anos de governo com cerca de 80% de aprovação popular. Com tamanha aceitação, ele lidera a campanha de sua ex-ministra e candidata mais cotada para assumir a presidência do Brasil, Dilma Rousseff.

Apesar de bem menos popular do que o padrinho de suas propagandas, Dilma chegou a alcançar 53% de preferência nas pesquisas, e agora caiu para 46%. Caso obtenha mais de 50% dos votos válidos nas eleições que acontecerão no dia 3 de outubro, a candidata seria eleita sem disputar o segundo turno das eleições brasileiras, do qual participam apenas os dois candidatos mais votados. Se não obtiver, deverá disputar com José Serra, do partido de oposição de maior expressão, do qual faz parte o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Durante os oito anos de governo Lula, os avanços econômicos do Brasil foram nítidos. O assistencialismo às famílias mais pobres conquistou um povo que realmente precisava de ajuda para não morrer de fome, e outros que não precisavam tanto assim. O fato é que a massa gostou e o presidente sairá ileso, até aplaudido, de um dos governos com maior número de escândalos de corrupção do mundo, e pronto para deixar seu partido por mais 4 anos no comando do país.

O último grande caso de corrupção ocorreu justamente com a então secretária executiva de Dilma, Erenice Guerra, que posteriormente assumiu o Ministério da Casa Civil. Erenice e seu filho foram acusados de lobby, após faturarem quase 3 milhões de dólares de uma empresa que escolheram para prestar serviços ao Estado. O caso teve grande repercussão, mas atingiu de forma tímida a campanha eleitoral da candidata do governo, que ainda tem chances reais de ser eleita no próximo dia 3.

Como o próprio presidente Lula disse em 2000, quando ainda não ocupava o cargo de presidente, o alto grau de pobreza da sociedade leva grande parte da população brasileira a votar com o estômago e não com a cabeça. Corrupção não significa nada para quem passava fome e não passa mais, mesmo que continue sem uma boa educação, bons hospitais ou melhores perspectivas para o futuro. Esse é o grande trunfo dos governistas para a eleição não apenas da presidência, mas também dos governadores dos estados, senadores e deputados, que serão escolhidos no mesmo dia.

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“Mulher do Lula” deve ser eleita a nova presidente do Brasil
Estratégia publicitária de transferência de votos de Lula a Dilma Roussef mostra resultados positivos
Por Renata Oliveira

As eleições brasileiras acontecem no próximo domingo, dia 3 de outubro, e, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto, a candidata Dilma Roussef será eleita ainda no primeiro turno. Segundo o tracking Vox Populi/Band/IG de 30 de setembro, ela tem 55% dos votos válidos (que exclui os nulos e brancos), contra 29% de seu principal adversário José Serra. O último levantamento do IBOPE na mesma data traz o mesmo percentual para Dilma, e 27% para Serra.

Dilma é a candidata do presidente Luís Inácio Lula da Silva (Lula) à sucessão, e participou do seu governo como Ministra das Minas e Energia e da Casa Civil. Lula está em seu melhor momento político, com 78,4% de aprovação popular, de acordo com pesquisa divulgada em 15 de setembro pelo Instituto Sensus e Confederação Nacional do Transporte (CNT). Assim, é natural que os estrategistas da campanha eleitoral de Dilma associassem sua imagem à de Lula.

É interessante perceber que grande parte da população que pretende votar em Dilma não a conhece pelo seu histórico ao lado do presidente, e sim por pensar que se trata da esposa dele. Segundo outra pesquisa da CNT divulgada em 25 de agosto, a expressão mais usada pelos entrevistados do Instituto Sensus para se referir à candidata era “a mulher do Lula”. Por isso, os funcionários da campanha aproveitaram para reduzir a participação da verdadeira primeira dama, a Dona Marisa Letícia, em eventos sociais. E assim, cada vez mais, o “casamento” entre Lula e Dilma rende frutos.

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Serra e o segundo turno

Por Juliana Mattos
José Serra, candidato à presidência do Brasil nas eleições de 2010, esteve na última terça-feira (28) na capital baiana onde falou sobre a liberdade de imprensa e seu otimismo em relação ao segundo turno.

Segundo ele, suas experiências com o segundo turno foram sempre bem sucedidas. Como relembra ele, em 2002, todas as pesquisas indicavam que não haveria segundo turno, e o contrário acabou ocorrendo, Serra conseguiu quase 40% dos votos.
Serra esteve em Salvador para receber o título de cidadão Soteropolitano, dado pela Câmara Municipal. Aproveitou a oportunidade para falar um pouco sobre a liberdade de imprensa, relembrando um dos maiores escritores baianos, Gregório de Matos.

O presidenciável também se reuniu com Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo- primaz do Brasil, que entregou ao candidato uma cópia do documento "Declaração Sobre o Momento Político Nacional". A declaração, entre tantos outros pontos, defende o voto em pessoas que defendam a vida, a instituição familiar e religiosa e a dignidade humana. O candidato à presidência pelo PSDB encerra sua visita a Salvador declarando que "Jesus Cristo é a verdade e a justiça. Isso corresponde à minha prática de vida, à minha prática política. Não sou um cristão de véspera de eleição, de boca-de-urna. Se a política brasileira tivesse verdade e justiça, o país seria muito melhor."

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Redatores
Júlia Mandil, Juliana Mattos, Lívia Cunto, Michelly Rosa, Raphael Corrêa, Renata Oliveira, Priscila Daumas e Thor Weglinski

Editores
Erick Dau, Lívia Cunto e Marina Carvalho

Coordenadores
Prof. Mohammed ElHajji e Gustavo Barreto

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